Descrição
Rodrigo Leão regressa em 2025 com mais uma obra excelente, editado na Alemanha pela editora Galileo, Rodrigo Leão continua o seu percurso de reconhecimento internacional, por cá desde 1984 o ouvimos com toda a atenção. Primeiro em Portugal, com a banda Sétima Legião. Depois, no âmbito de outro projeto inovador, Madredeus, a sua arte ultrapassou fronteiras. Quando o seu primeiro álbum com o seu próprio nome (Ave Mundi Luminar) foi lançado em 1993, percebeu imediatamente que a sua música pertencia ao mundo, e isso foi confirmado ao longo de uma carreira que já conta com uma discografia considerável, que inclui também bandas sonoras e colaborações com grandes nomes como Ryuichi Sakamoto, Neil Hannon (Divine Comedy), Beth Gibbons (Portishead) ou Michelle Gurevich, para citar apenas alguns. Agora, trinta e dois anos depois da estreia como músico a solo, chega O Rapaz da Montanha, e não há como fugir ao adjetivo: o novo álbum de Rodrigo Leão surpreende, tanto em termos musicais como para a carreira do compositor. O próprio reconhece isso: “Foi um recorde inesperado. Tinha isso na minha cabeça há três anos e fui construindo de uma forma muito focada, diferente dos meus álbuns anteriores, em que a composição saía sem qualquer hora ou intenção específica. Aqui, partindo daquela frase da Ana Carolina [Costa] ‘Se Deus perdoa a quem engana/quem perdoa a Deus?’ [incluída no tema Cadeira Preta] comecei logo a pensar no que ia fazer. E agora que está pronto, acho que é o álbum mais português que fiz até hoje.’ Esta noção de identidade é verdadeira: atravessa vários discos do compositor e é visível na compilação Os Portugueses (2018). E de facto, este novo disco poderá enquadrar-se nessa identidade, que de uma forma ou de outra sempre esteve presente na obra de Leão. Agora, em 2025, O Rapaz da Montanha apresenta de facto uma mudança de forma e substância Musicalmente, a utilização de coros (nos quais o próprio compositor participa), que reforça um sentimento colectivo, e uma percussão marcada em alguns temas evocam de imediato alguns cantatautores portugueses dos anos 70, algo que Leão reconhece. A abordagem lírica também muda: os sentimentos etéreos e melancólicos tão bem representados na obra de Leão dão aqui lugar a uma linguagem mais direta, que dialoga com uma realidade difícil, mas verdadeira. As palavras mostram homens ‘presos naquela engrenagem’ (O Rapaz da Montanha), mulheres subjugadas com um desejo de libertação (Guarda-te), pessoas em busca de si mesmas (Andava Eu, Estranho Imperfeito), o trabalho árduo no mar (Lobos do Mar) ou personagens a lutar com a sua mortalidade e a serem mantidos reféns no mais terrível dos territórios - o país do ‘Se’, do que ainda está por fazer (Madrugada). Como é habitual, Ana Carolina Costa é a autora da maioria das palavras, com exceção de Gito Lima (Estranho Imperfeito), Francisco Menezes (Esperança) e João Pedro Diniz (Vento Sem Fim). No final, o que fica é um apelo à ação, para se libertar das amarras dos dias, uma luta que vale a pena enfrentar, mas que nunca abdica do céu da esperança. ‘Não há nada lá em baixo / mas há tanto para fazer!’ cantamos em O Rapaz da Montanha.
Músicos
Ana Vieira: Voz (Faixas nº 2, 3, 4, 6, 10, 11, 12, 15)
Bruno Silva: viola, tambura, voz (faixas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16)
Carlos Tony Gomes: Violoncelo (Faixas nº 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 15, 16)
Frederico Gracias: Bateria e Percussão (Faixas 1, 2, 3, 4, 6, 8, 9, 12, 15)
Rodrigo Leão: Piano e Sintetizador (Faixas 1, 2, 3, 4, 5, 6, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16)
Viviena Tupikova: Violino (Faixas nº 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 15, 16)
Músico convidado
Ana Carolina Costa: Voz (Faixas nº 2, 3, 4, 11, 15)
António Quintino: contrabaixo (faixas n.º 2, 5, 6, 8, 10, 11, 16)
Carlos Poeiras: Acordeão (faixa nº 9)
Celina da Piedade: acordeão (faixas nº 1, 2, 3, 4, 6)
Francisco Palma: Voz (Faixa nº 8)
Gabriel Gomes: Acordeão (Faixas nº 1, 5, 12, 15)
João Eleutério: guitarra (faixas nº 1, 2, 3, 6, 9, 11, 14, 15, 16)
José Peixoto: Guitarra clássica (faixas nº 3, 4, 9, 12)
Pedro Oliveira: Voz (Faixas nº 3, 4, 10, 12, 13, 15)
Rosa Leão: Voz (Faixas nº 3, 11, 12, 15)
Sofia Leão: Vocais (Faixas nº 2, 3, 4, 11, 12, 15, 16)
Produtor
Eleutério, João
Oliveira, Pedro
Rodrigo Leão
misturador
Eleutério, João
Oliveira, Pedro
Rodrigo Leão
Estúdio de gravação
Estúdios Tabaqueira, Lisboa
Masterização
Kasar, Arnaldo
Artista
músico português (keyoards, guitarra, baixo,). compositor e produtor, nascido em 1964 em Lisboa, Portugal. Enquanto ainda estava em Sétima Legião, ele dedicou a fundar uma nova banda com Pedro Ayres Magalhães derretendo música pop, clássica e tradicional, Madredeus. Depois de seu grande sucesso com "Lisbon Story" Soundtrack ele deixou a banda para seguir uma carreira solo.
Faixas
A1
O Labirinto
A2
Cadeira Preta
A3
O Rapaz da Montanha
A4
Já sabia
B1
Exercícios
02:58
B2
Guarda-te
05:34
B3
Interlúdio
05:34
B4
Andava eu...
05:34
C1
Afronto
05:34
C2
Estranho Imperfeito
05:34
C3
Valsa Espiral
05:34
C4
Madrugada
05:34
C5
Esperança
05:34
C6
Lobos do Mar
05:34